segunda-feira, 18 de junho de 2012

Expedição Atacama - 6° Dia: Rumando a Salta...

Em nosso 6° dia de viagem, tínhamos como meta chegar à cidade de Salta, pois era dia 31 de dezembro, e queríamos passar a virada do ano acompanhando os festejos da cidade. Com muita paciência na fila e uma boa dose de "portunhol" no ouvido do único frentista do posto, conseguimos encher o tanque, já que ele queria vender apenas 20 litros por carro, porque a gasolina estava controlada. Tanques "llenos" e rumamos com destino a Salta (Ar). Apreciamos todas as paragens pelo caminho, somadas as inúmeras retas que são peculiares nesta região da Argentina, e já passado das duas da tarde, chegamos à cidade de J.V. Gonzales (tivemos de pesquisar para descobrirmos que o nome da cidade é na verdade Joaquin Victor Gonzales, nome dado para homenagear um importante político, jurista e escritor argentino), pausa para o almoço e lá vamos nós para o cardápio que se tornaria comum em nossa viagem, papas fritas, pollo y ensalada. Enquanto sentávamos à mesa para almoçar, o Cléverson foi estacionar o Honda, e acidentalmente derrubou uma moto que estava estacionada; ainda bem que o dono nem deu bola, ufa!
Almoçamos, aproveitei (Ricardo) para baixar umas fotos, e voltamos para a estrada... Diminuindo a cada dia a quilometragem...

     















Chegamos a Salta já no final da tarde, felizes e radiantes com tamanhas belezas que encontrávamos pelos caminhos, e sabíamos que muito ainda estava por vir, considerando nosso objetivo maior o Deserto do Atacama. Demos uma rápida volta para fazer o reconhecimento da cidade, havia muito movimento; nas ruas muitas pessoas dando pinta que retornavam para suas casas para curtir a virada do ano, o comércio fechando suas portas, e nós tínhamos que encontrar um bom hotel, afinal virada de ano pede um pouco mais de conforto. Deixamos os carros no posto, enquanto nosso pessoal aguardava, Cléverson foi para um lado e eu para outro, e rapidamente tínhamos encontrado nosso hotel, ficamos no hotel Premier, na esquina da rua Jujuy bem no centro da cidade. Silvia e eu, optamos por uma suite dupla, bem confortável e com um preço bem convidativo, a julgar pelos que são praticados aqui no Brasil.
Após as devidas acomodações, conversamos com a recepcionista do hotel, para que nos indicase um bom lugar para jantarmos, ela nos recomendou um restaurante bem tradicional da cidade e um dos poucos que estariam atendendo na noite da virada, deixamos os carros no hotel e solicitamos um serviço que por aqui é chamado de remissi (Um tipo de táxi no Brasil),  bem na hora de irmos para o restaurante começou cair uma chuva torrencial sobre a cidade, o que fez com  que tudo ficasse complicado, e mau sabíamos que complicaria ainda mais, pois quando chegamos ao restaurante, descobrimos que deveríamos ter feito a reserva, pois o restaurante estava lotado, parecia que todos da cidade haviam resolvido vir jantar ali. Sem saber o que fazer um argentino q percebeu q estávamos bem perdidos nos falou qus podíamos para fazer uma macarronada, para viagem, foi o q fizemos e levamos para comer no hotel. Ainda bem que aproveitamos o mesmo remisse para levar mulheres e crianças de volta ao hotel, porque nós homens que ficamos aguardando a macarronada ficar pronta, retornamos ao hotel caminhando abaixo de chuva, porque remisse quase na hora da virada, já não havia mais.
No entanto quando chegamos ao hotel, grande foi nossa surpresa em saber que nossa família já nos esperava devidamente acomodada em uma bela mesa do restaurante do hotel, pois a familia dona do hotel estava com sua festa particular toda pronta, e quando ficaram sabendo da nossa situação, gentilmente nos acolheram e nos serviram, no mais belo gesto de solidariedade. Carlos e sua família acabaram fazendo com que nossa virada de ano fosse salva. Curtimos nosso jantar, confraternizamos com nossos novos amigos, comemoramos a chegada de 2011 vendo os fogos da cobertura do hotel. A chuva continuou forte noite a dentro, e nós na hora de deixarmos a cobertura, acabamos presos no elevador (quem mandou não respeitar o limite máximo, a trupe quis entrar toda de uma só vez...deu no que deu...hehehe), um senhor muito bacana que cuidava da recepção, fez o favor de nos libertar, com olhares de quem não sabia o que estava acontecendo, fomos todos dormir, gratos por uma noite que tinha tudo para dar errado e acabou sendo inesquecível...




Carlos Nosso 'Anfitrião' salvador da noite 
                                                                      Família que partilhou sua festa conosco

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